terça-feira, 30 de outubro de 2007

Bráulio Wanderley: Petista crítico e confiante

Estudantes de jornalismo da Universidade do Estado da Bahia promoveram uma coletiva cujo entrevistado foi o professor, filiado ao Partido dos Trabalhadores, Bráulio Barros Wanderley. Para a maioria dos alunos este nome era desconhecido pouco ou quase nada se sabia da sua história política. Ao entrar na sala da coletiva nos deparamos com um homem “estereotipadamente” esquerdista, a sua camisa vermelha e o botom de estrela prenunciavam esta idéia. Porém, o professor Bráulio demonstrou, durante a entrevista uma criticidade em meio aos fatos que envolvem seu partido e uma credulidade contagiante na política brasileira.

Nascido no Recife e formado em História, Bráulio Wanderley, esteve sempre envolvido nos movimentos políticos. Antes de ser filiado ao PT, atuava na União da Juventude Socialista – UJS – como filiado do PC do B. Participou ativamente dos movimentos estudantis, envolvido em Diretório Acadêmico e movimentos secundaristas. Atualmente, é presidente do Sindicato dos professores em Petrolina e leciona história em cursos pré-vestibulares. Há 18 anos na política, como filiado de partidos, Bráulio respondeu às perguntas que lhes foram feitas com conhecimento de partidário político e percepção de cidadão insatisfeito.

Durante a coletiva, o professor foi indagado, por diversas vezes, sobre os constantes escândalos que envolvem seu partido e se o motivo para tantos problemas é a divergência de interesses e idéias, segundo Bráulio existe unidade no PT e há uma idéia de reformulação do partido “estamos tentando reconstruir o partido levantando duas bandeiras: socialismo e ética”, afirma. Para ele a sociedade civil precisa agir e cobrar postura do partido. “Eu acredito no Partido dos Trabalhadores. Ética não é monopólio do PT e estamos pagando por esse mito criado a respeito do partido”, acrescenta.

Contudo, a entrevista não se restringiu aos problemas éticos do PT, diversos temas foram abordados: Movimento estudantil, programas governamentais, transposição do Rio São Francisco, política regional, dentre outros. No tocante a política das cidades de Juazeiro – Ba e Petrolina- Pe, Bráulio ressaltou um problema político em ambos lugares, afirmou que a política regional tem característica messiânica e não baseada em projetos partidários. “É ressaltado muito mais a pessoa”, enfatiza. Ele vê a possibilidade de Izabel Cristina se candidatar à prefeitura e Petrolina e sobre Juazeiro, preferiu não se manifestar por conhecer pouco a política da cidade.

A entrevista coletiva trouxe a possibilidade dos estudantes perceberem, através de uma pessoa envolvida na política, o que está sendo discutido dentro do partido, bem como a visão que estas têm do Governo. Bráulio a todo o momento chamava atenção para o envolvimento da sociedade na política, destacou que há equívocos nas críticas aos políticos “as pessoas têm aversão ao debate político, confunde-se políticos com má política”. E que estar inserido é a melhor forma de se fazer política, é necessário que “as pessoas dos movimentos sociais participem do governo, coloque em prática o que reinvidicava no movimento”, categoriza.

Bráulio Wanderley: Petista crítico e confiante

Estudantes de jornalismo da Universidade do Estado da Bahia promoveram uma coletiva cujo entrevistado foi o professor, filiado ao Partido dos Trabalhadores, Bráulio Barros Wanderley. Para a maioria dos alunos este nome era desconhecido pouco ou quase nada se sabia da sua história política. Ao entrar na sala da coletiva nos deparamos com um homem “estereotipadamente” esquerdista, a sua camisa vermelha e o botom de estrela prenunciavam esta idéia. Porém, o professor Bráulio demonstrou, durante a entrevista uma criticidade em meio aos fatos que envolvem seu partido e uma credulidade contagiante na política brasileira.
Nascido no Recife e formado em História, Bráulio Wanderley, esteve sempre envolvido nos movimentos políticos. Antes de ser filiado ao PT, atuava na União da Juventude Socialista – UJS – como filiado do PC do B. Participou ativamente dos movimentos estudantis, envolvido em Diretório Acadêmico e movimentos secundaristas. Atualmente, é presidente do Sindicato dos professores em Petrolina e leciona história em cursos pré-vestibulares. Há 18 anos na política, como filiado de partidos, Bráulio respondeu às perguntas que lhes foram feitas com conhecimento de partidário político e percepção de cidadão insatisfeito.
Durante a coletiva, o professor foi indagado, por diversas vezes, sobre os constantes escândalos que envolvem seu partido e se o motivo para tantos problemas é a divergência de interesses e idéias, segundo Bráulio existe unidade no PT e há uma idéia de reformulação do partido “estamos tentando reconstruir o partido levantando duas bandeiras: socialismo e ética”, afirma. Para ele a sociedade civil precisa agir e cobrar postura do partido. “Eu acredito no Partido dos Trabalhadores. Ética não é monopólio do PT e estamos pagando por esse mito criado a respeito do partido”, acrescenta.
Contudo, a entrevista não se restringiu aos problemas éticos do PT, diversos temas foram abordados: Movimento estudantil, programas governamentais, transposição do Rio São Francisco, política regional, dentre outros. No tocante a política das cidades de Juazeiro – Ba e Petrolina- Pe, Bráulio ressaltou um problema político em ambos lugares, afirmou que a política regional tem característica messiânica e não baseada em projetos partidários. “É ressaltado muito mais a pessoa”, enfatiza. Ele vê a possibilidade de Izabel Cristina se candidatar à prefeitura e Petrolina e sobre Juazeiro, preferiu não se manifestar por conhecer pouco a política da cidade.
A entrevista coletiva trouxe a possibilidade dos estudantes perceberem, através de uma pessoa envolvida na política, o que está sendo discutido dentro do partido, bem como a visão que estas têm do Governo. Bráulio a todo o momento chamava atenção para o envolvimento da sociedade na política, destacou que há equívocos nas críticas aos políticos “as pessoas têm aversão ao debate político, confunde-se políticos com má política”. E que estar inserido é a melhor forma de se fazer política, é necessário que “as pessoas dos movimentos sociais participem do governo, coloque em prática o que reinvidicava no movimento”, categoriza.

Aspirações ao webjornalista

A internet está, gradativamente, se tornando o principal meio de comunicação dos utilizadores do ciberespaço. Concomitante a esta expansão o jornalismo on line vai adequando a linguagem e abordagem das notícias para este novo público, influenciando, pois, o papel do jornalista. Inês Moreira Aroso, no seu artigo “A internet e o novo papel do jornalista” faz um panorama de algumas modificações e atualizações cujos profissionais do jornalismo on line precisam se adequar para que possam mediar informações na internet de forma atrativa e competente.
Para Aroso, o jornalista tende a passar por diversas modificações no que tange o trabalho jornalístico da internet, por se tratar de um novo meio informacional com público e recepção diferentes dos outros meios. Fundamentada por tantos outros autores, Inês Aroso destaca a versatilidade e multimidialidade imprescindível ao profissional do ciberespaço no trabalho com a informação. Ou seja, o jornalista on line convergiria aptidões tradicionais e contemporâneas, aliando aprendizado básico do profissional jornalista com os conhecimentos tecnológicos que a internet exigem. J.D Lasica (1997) aponta que o jornalista on line precisa interiorizar os princípios do jornalismo, deve ter as mesmas competências que os dos outros media: boas técnicas de entrevista, capacidades sólidas de pesquisa, tenacidade, rigor, flexibilidade, uma escrita atrativa, bem como aprender o que funciona na internet, as ferramentas do novo meio, estudar HTML e Web design, participar em discussões on line, estar a par dos desenvolvimentos. São atribuições, segundo este autor, indispensáveis ao trabalho com a informação on line. Porém, será que esta é a realidade dos profissionais brasileiros?
A universalização e o crescimento acelerado do ciberespaço estão exigindo cada vez mais profissionais gabaritados para atuarem no mundo on line. As Universidades, atualmente, estão dispondo de cursos voltados para este novo mercado e o jornalismo também oferece uma formação adequada para quem deseja atuar na mídia das novas tecnologias. Contudo, a maioria dos profissionais que esta em atividade na rede são provenientes da formação tradicional do jornalismo, estes se adaptaram ao novo meio cumprindo “exigências” fundamentais no trato com a notícia voltada para internet. São estes profissionais, no entanto, que desenvolvem e aperfeiçoam métodos e fundamentos do jornalismo on line subsidiados por estudiosos da área.
Inês Aroso aponta que segundo alguns autores o jornalismo deve se esvair no cenário atual, pois a internet tem o potencial de reformular os fundamentos do jornalismo. Especulações sobre o fim de algumas profissões sempre foram levantadas quando há crescimento tecnológico, e o jornalismo é a profissão do momento passível de questionamentos diante do avanço informacional da rede. O que deverá ocorrer são reformulações e adaptações do jornalista na mediação da notícia no ciberespaço. A interatividade da internet e os hiperlinks que permitem tanto o desbravamento quanto a displicência com a informação, são atrativos que acabam por se tornar obstáculos ao jornalismo on line, pois desviam a atenção da notícia para outros pontos dispostos no site jornalístico.Diante disso, o jornalista precisa filtrar informações tornado-as atrativas e úteis. Caberá ao profissional, mais do que escrever ou pautar notícias, filtra-las. Atuando com responsabilidade e credibilidade não haverá o fim da profissão, como se especula. O mercado comporta profissionais desde que estes sejam bons no que fazem oferecendo o diferencial para o crescimento do jornalismo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Informação ou Infotenimento?: A sociedade e sua real composição na contemporaneidade brasileira

As tecnologias digitais vêm modificando modos de vida na atual sociedade. Ao passo que as novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) vão se estruturando o corpo social vai alterando as disposições organizacionais e estruturais estabelecidas. A Sociedade da Informação, de que são chamadas as relações sociais e econômicas das tecnologias, se constitui em uma realidade brasileira permeada por desigualdades em todas as esferas, provocando assim a “divisão digital”.
Manuel Castells, citado por Juciano de Sousa, aponta que essa divisão digital deve-se ao nível de educação dos usuários. A capacidade de aprender a aprender e de saber o que fazer com o que se aprende é socialmente desigual. O Brasil está vivenciando um crescimento digital acelerado, há algumas iniciativas para uma inclusão digital, como os laptops distribuídos em algumas escolas públicas de São Paulo, no entanto o saber o que fazer com o aprendizado ainda é estanque. Um exemplo são os “cyber cafés” ou “lan houses”, nestes lugares em que se pode acessar a internet pagando por um determinado tempo, percebe-se que muitos internautas, principalmente crianças e adolescentes que não têm computador próprio, se limitam a acessar correio eletrônico, sites de relacionamento e sites que disponibilizam vídeos. Já os jovens que têm uma “intimidade” com computador, por tê-lo em casa, desbravam as possibilidades que a internet proporciona.
As tecnologias digitais se transformaram em um meio de “infotenimento” estando mais relacionada com o entretenimento que informação. A Sociedade da Informação que se pretende constituída caminha mal das pernas. Os meios tecnológicos dispostos poderiam ser melhores explorados pelos navegadores, contudo, a deficiência na educação e as poucas políticas públicas para uma real inclusão digital impossibilitam afirmar com contundência que o Brasil é formado por uma Sociedade da Informação. Estamos no Infotenimento Social em que o mercado do entretenimento estará sempre na vanguarda das tecnologias digitais, já que é o “circo” que dá lucros.